12.6.12

Postagem acerca da apresentação de 24.05.2012 - texto de Benjamin "Sobre o conceito de história''.
alunos:
Bianca Stefano Vyunas
Carol Mendes
Carlos Eduardo A. D. Santos
Priscila Almeida
Thais Tiriba
Luiz R. de Castro

 
 
 

Um balcão e/ou uma mesa. Em cima, alguem representa o Angelus Novus de Klee.  Adiante, um jogo da velha em tamanho grande no chão. Dois jogadores. Pelo lado esquerdo do anjo fica o jogador 'ganhador' e pelo lado dieito do anjo, o 'perdedor'. O anjo se compadece justamente do perdedor e é para ele que ele demonstra sentimentos de satisfação e alegria. No decorrer disto, o 'anão' atravessa a situação do 'jogo'.
Desde o primeiro momento, os elementos estavam um tanto 'esparsos' na mente dos componentes do grupo. Havia idéias aqui e ali mas não conseguíamos uma 'precisão'.  Expusemos todas as idéias surgidas por cada um por mais absurdas que pudessem parecer. A partir daí fomos aos poucos chegando a um consenso. Percebemos que tinhamos mais pontos em comum nos nossos raciocínios do que pensávamos. Passamos a discutir os excertos do texto de Walter Benjamin e notamos que tínhamos o começo e o fim da cena. Faltava-nos o 'entremeio'.
Desde o início, Luiz frisa que tem vontade de fazer o Angelux Novus em cima da mesa do professor mas que isso fosse de uma forma em que parecesse uma espécie de releitura deste anjo e que desse a impressão de uma coisa transformadora, um diálogo com algo novo. Carlos reflete acerca do tabuleiro de xadrez que poderia ser muito significativo para o nosso contexto mas percebemos que o número de participantes era pequeno demais para que a representação fosse significativa. Foi a partir dai que ele pergunta-nos sobre a possibilidade de ser uma 'diminuição' ou uma representação menor disso... ou seja, um 'jogo-da-velha'. Nesse instante concluimos como seria o final da apresentação/performance.
E o meio?
Sugerimos que Priscila e Thais fossem os 'jogadores' e elas decidiram entre si que Thais seria o 'ganhador' e Priscila o 'perdedor'. Era a representação do estado de 'exceção'. Foi neste instante que apresentou-se para nós a grandiosidade do anjo e sua interação com o diálogo da cena. Carlos frisou que estaria a 'força' da cena na compactuação do anjo com o 'perdedor' para que esse fosse o verdadeiro vencedor de tudo...
Então, Carlos sugere que o 'anão' - representação do anão corcunda do excerto 1 -  atravesse a cena trazendo para o 'todo' uma expressão tragicômica', ainda na questão do perdedor que realmente vence numa batalha de exceção.
Desta forma, a cena se inicia com o ator-performer do Angelus Novus cheguando à mesa/balcão enquanto os jogadores chegam à frente de tudo montando o 'jogo-da-velha' . Nesse momento, antes de o anjo se 'sobrepor', o performer lê o excerto saudação do anjo  de Gerhard Scholem. Então, ele 'sobe' no balcão gestualizando o Angelus Novus de modo que seja uma espécie de 'transição' de anjo para uma ave de rapina tal qual uma águia e, enquanto isso se dá, o 'jogo' começa.
Acontece que o anjo reaje positivamente somente em relação à sua direita onde está o jogador perdedor que no contexto é o verdadeiro e maior ganhador. Nesse momento em que a situação do 'jogo-da-velha' é propositadamente demorada - para a demonstração e performance do anjo - o anão corcunda atravessa a cena com uma morte inusitada.
Vence o 'caos'.
    

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