20.6.12

TS IV – in: TURNER, Victor. 1986. “Dilthey, Dewey e Drama: An Essay in the Anthropology of Experience”

Grupo: Liminoid’s Ludens
Bianca Stéfano Vyunas* Carlos Eduardo Santos * Carolina Mendes * Luiz de Castro * Priscila Alves * Thaís Tiriba
TS IV – in: TURNER, Victor. 1986. “Dilthey, Dewey e Drama: An Essay in the Anthropology of Experience”

O TS apresentado pelo grupo, com base no texto “Dewey, Dilthey e Drama: um Ensaio em Antropologia da Experiência”, de Turner, levou os espectadores/visitantes a observar uma fábrica e seus funcionários em funcionamento, pessoas alienadas de suas funções e experiências, no sentido que Dilthey dá a este termo. O local e os funcionários são apresentados por um mestre de cerimônias/capitalista clichê e bonachão, cujo rosto mascarado simbolizava tanto a anulação quanto a prevalência daquela figura em outro plano, como uma hierarquia da propriedade dos significados e também, pela forma de caveira da máscara, como uma temerária “morte”, transpondo a representação da fábrica para a vida em geral. Esta personagem, enquanto apresentava com adjetivos louváveis o lugar, destilava ironicamente seu orgulho sobre os trabalhadores mutilados e “mutilados” que mecanicamente tinham suas experiências desapropriadas pela ausência de estruturas relacional e temporal.  

Contrapusemos o valor ao significado, nos sentidos observados por Turner, portanto, ao encenar o valor, dando-lhe significado. Ao espectador/visitante sugerimos uma experiência, justamente a qual era negada às personagens representadas.

No labor maquinal representado, a relação de sons aleatórios produzidos por cada funcionário representava, na desconexão “musical”, a ausência de um passado que pudesse fazer surgir significação no coletivo e no ritual, marcando-os como indivíduos.

Os significados, que, em Dilthey, devem ser “colocados em circulação” (pp. 180), em nosso TS foram se perdendo mais e mais na relação entre os trabalhadores e o burguês e entre os trabalhadores e eles mesmos. O antagonismo entre essas personagens formou um drama social sem ação reparadora, que culminou no “desligamento” dos funcionários/bonecos, agentes passivos na construção da ferramenta (simbolizada pelo guarda-chuva construído na linha de produção durante a performance) utilizada pelo capitalista para acionar a “morte” dos significados.

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