Grupo: Liminoid’s Ludens
Bianca Stéfano Vyunas* Carlos Eduardo Santos *
Carolina Mendes * Luiz de Castro * Priscila Alves * Thaís Tiriba
TS
IV – in: TURNER, Victor. 1986. “Dilthey, Dewey e Drama: An Essay in the
Anthropology of Experience”
O TS apresentado pelo
grupo, com base no texto “Dewey, Dilthey e Drama: um Ensaio em Antropologia da
Experiência”, de Turner, levou os espectadores/visitantes a observar uma
fábrica e seus funcionários em funcionamento, pessoas alienadas de suas
funções e experiências, no sentido que Dilthey dá a este termo. O local e os
funcionários são apresentados por um mestre de cerimônias/capitalista clichê e
bonachão, cujo rosto mascarado simbolizava tanto a anulação quanto a
prevalência daquela figura em outro plano, como uma hierarquia da propriedade
dos significados e também, pela forma de caveira da máscara, como uma temerária
“morte”, transpondo a representação da fábrica para a vida em geral. Esta
personagem, enquanto apresentava com adjetivos louváveis o lugar, destilava
ironicamente seu orgulho sobre os trabalhadores mutilados e “mutilados” que
mecanicamente tinham suas experiências desapropriadas pela ausência de
estruturas relacional e temporal.
Contrapusemos o valor ao significado, nos
sentidos observados por Turner, portanto, ao encenar o valor, dando-lhe
significado. Ao espectador/visitante sugerimos uma experiência, justamente a
qual era negada às personagens representadas.
No labor maquinal
representado, a relação de sons aleatórios produzidos por cada funcionário
representava, na desconexão “musical”, a ausência de um passado que pudesse fazer
surgir significação no coletivo e no ritual, marcando-os como indivíduos.
Os significados, que,
em Dilthey, devem ser “colocados em circulação” (pp. 180), em nosso TS foram se
perdendo mais e mais na relação entre os trabalhadores e o burguês e entre os
trabalhadores e eles mesmos. O antagonismo entre essas personagens formou um
drama social sem ação reparadora, que culminou no “desligamento” dos
funcionários/bonecos, agentes passivos na construção da ferramenta (simbolizada
pelo guarda-chuva construído na linha de produção durante a performance)
utilizada pelo capitalista para acionar a “morte” dos significados.
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