23.5.12

TS8 - Artaud - O teatro e seu duplo

Dia 21/05 grupo 4- Noturno

Alexandre Massato Nakamura
Diego Corrêa de Araújo
Guilherme Leon Oliveira
Maria Angélica Contreras
Milena Correia Cafruni (vespertino)
Renan Cardoso Torres e
Valéria Ap. Nalin (Kamunjin Tanguel)

Texto: O Teatro e seu duplo. Antonin Artaud.

Neste encontro discutimos as questões levantadas por Artaud no texto indicado, sua proposta de teatro como forma de rompimento de papéis estabelecidos, máscaras sociais ou persona. Discutido e destrinchado as idéias de Artaud, como ele coloca, invertendo a idéia antropológica clássica (como de Malinowski de estranhamento), "tornar estranho o que é familiar" ao invés de "familiar o que é estranho". Artaud coloca em questão a idéia de "homem civilizado", da cultura ocidental como um todo, como diz Artaud: um civilizado culto é um homem informado sobre sistemas e que pensa em sistemas, em formas, em signos, em representações. É um monstro no qual se desenvolveu até o absurdo a faculdade que temos de extrair pensamentos de nossos atos em vez de identificar nossos atos com nossos pensamentos. (p. 03) A proposta do Teatro Seminário foi de uma possível "interação", sem se limitar à essa idéia, num improviso que brinca, inverte situações sociais que provocam constrangimentos, incertezas, acaso. Cada membro se deslocou pela sala de aula de forma aleatória e improvisada, utilizando primeiramente o silêncio e depois uma forma mais adiante de uma "interação", que também se deu de forma improvisada, sem um único método. E aí que encontramos o perigo, o jogo de ator/expectador, onde a situação pode se inverter inesperadamente, tendo a consciência (e sentindo até no aumento da pulsação do coração) do perigo que isso implica. No entanto o objetivo de romper a barreira (do indivíduo isolado, noção moderna ocidental que existe desde o iluminismo) das máscaras sociais, do que é teatro, arte, na tentativa de fazê-la na vida, em contato direto com ela foi estabelecido. Superado ou não, são essas questões de Artaud que trabalhamos, para além do texto, agindo e fazendo sentir no olhar, no silêncio, carne, osso, sentimentos e tudo o que não sabemos ao certo ainda nomear. 

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