Texto : Dewey, Dilthey e Drama: um ensaio em Antropologia da Experiência, de Victor Turner (aula do dia 10/05).
Grupo: Elaine Monteiro Ávila, Felipe Salvador, Maíra Andrade, Marília Persoli, Maria Fernanda Sampaio.
No Ts apresentado por nosso grupo foi proposto a todos os participantes da disciplina que fizessem uma atividade no saguão do prédio. A ideia era que as pessoas se dividissem em duplas, nas quais uma pessoa iria conduzir e a outra pessoa seria conduzida de olhos fechados. A experiência seria individual para cada um, visto que a condução poderia ser feita do modo que o condutor escolhesse - através da fala ou do contato físico, conduzindo a pessoa até onde ele desejasse - e a realização da atividade dependeria da entrega e da confiança daquele que estava sendo conduzido. A atividade chamou atenção de outras pessoas que estavam no saguão e que não faziam parte da disciplina, mas que também participaram.
Alguns alunos comentaram, em sala de aula, suas reações e impressões sobre a experiência. Esta revelou um pouco mais sobre nós, por exemplo, a falta de confiança que sentimos ao sermos conduzidos por outra pessoa, além da experiência ter envolvido um contato maior com nós mesmos. A falta de confiança partiu da sensação de perigo por não haver luz central para nos localizarmos, para (re)conhecermos onde estávamos, já que o conhecimento está associado à visão. Foi comentado também que a ação de abrir os olhos após a experiência fez com que as pessoas se deparassem com outra realidade, já que o lugar parecia diferente. Ainda descreveram como é imaginar toda a experiência de olhos fechados: há um resgate de memórias que são associadas com o que está sendo vivido no presente.
Assim, o TS apresentado dialogou com a discussão sobre o texto de Victor Turner. O fato de a atividade ter proporcionado uma experiência para cada aluno mostrou a necessidade de atribuir um significado a ela, e esta atribuição mostra-se muito pessoal, já que depende das memórias resgatadas da história de cada um. Isto é, apesar de a proposta ser a mesma para todos, a experiência não deixa de ser singular, evocando semelhanças de um passado consciente ou inconsciente.
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