11.5.12

Grupo: Liminoid’s Ludens
Bianca Stéfano Vyunas* Carlos Eduardo Santos * Carolina Mendes * Luiz de Castro * Priscila Alves * Thaís Tiriba

TS  Sobre “Pontos de contato entre o pensamento antropológico e teatral”, de Richard Schechner

Descrição da Cena
            Um homem em coma recebe uma visita. A visitante entra e permanece ao seu lado por um tempo, olha-o demoradamente. Durante toda a ação, os movimentos da visitante serão controlados por uma figura manipuladora, um espectro que conduz os gestos. Toda a cena acontece em silêncio. À esquerda, no primeiro plano, há um homem deitado na mesma posição do comatoso, ao seu lado uma figura feminina permanece estática, em pé.
            Após entrar e olhar para o homem, a visitante segura a sua mão. Por um segundo ela tem a impressão de um espasmo perpassa a mão adormecida. Nesse momento, fecha os olhos. Uma palma, batida pelo manipulador, ressoa no ar.
            A figura feminina ganha vida e caminha até o canto direito da cena. O homem deitado no chão levanta e caminha até ela, como se andasse em uma corda bamba. Ele pega em sua mão e os dois se abraçam sorrindo. Rodopiam e saem de cena. Nova palma do manipulador.
            A visitante abre os olhos e vê que nada se alterou, o corpo permanece inerte. Caminha com passos contidos para a saída do quarto, conduzida pelos fios imaginários de sua sombra. Esta fecha a porta.



Inspiração do texto para a performance

Com a interpretação e discussão de certas passagens importantes do texto como a tensão dialética existente na ideia de Tai e Yu “o que é visto pela mente (tai) e o que é visto pelos olhos (yu)” (Schechner, 2011, p.216) e a discussão sobre o estado de performance, no caso da performance das danças das renas dos yaqui do Arizona, em que “colocar a máscara de cervo fazia do homem “não “não um cervo” e ”não um homem”, está em algo entre” (Schechner, 2011, p.214).
Buscamos, além disso, demonstrar um diretor que seria o homem de preto, como que dono da cena, de toda a movimentação e ação das personagens.

Comentários

Um comentário notório sobre a encenação dizia que o silêncio em toda a cena foi agoniante, já que, além de ser uma cena com uma tensão dramática muito forte, o fato de não se ter nenhum som, deixava tudo pior. Outro dizia que as palmas no final seriam uma forma de amenizar toda a ambientação de velório que a cena propunha. Outro era referente a figura de preto (manipulador). Dizia que esta era como que o diretor de toda a cena, fazendo das personagens seus bonecos de ventríloquo.



           



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